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Das epidemias na Grécia antiga ao Covid-19: o que a história pode nos ensinar?


por Lucas Araújo

No final de 2019 uma nova doença viral surgiu na China e se alastrou em uma velocidade surpreendente no mundo. O Covid-19 é causado por um vírus do grupo dos Coronavírus que, nas ocorrências mais graves, leva a uma síndrome aguda respiratória grave (SARS) que pode acarretar a morte em poucos dias. Em um pouco mais de 3 meses do início do surto de Wuhan, a pandemia atingiu todos seis continentes e continua apresentando aumento no número de casos. A difusão de uma doença pode ser definida como

surto,  epidemia, pandemia  e  endemia. Muitas doenças assustaram a humanidade ao longo de sua história, e, apesar de toda a evolução científica, o aparecimento de uma grande pandemia pode vir a qualquer hora. Nesse sentido, algumas características podem ser levantadas para mapear a maior possibilidade de surgimento de uma ameaça de dimensões globais. Isso leva à necessidade de se entender brevemente algumas dessas características gerais de epidemias conhecidas.

Classificação de uma doença por sua difusão geográfica

  • Surto é considerado quando uma doença está contida em uma região muito bem determinada que não supera um bairro, por exemplo, de uma grande cidade.
  • Epidemia ocorre quando vários surtos ocorrem em muitas áreas de uma cidade ou diversas cidades de um estado.
  • Endemia são enfermidades típicas de uma localidade específica.
  • Pandemia ocorre quando a epidemia se espalha em diversas regiões do planeta e várias regiões são difusoras da enfermidade. No dia 19 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o estado de pandemia para o novo Coronavírus[1].

CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS EPIDEMIAS

O agente patológico de uma epidemia pode ser tanto uma bactéria quanto um vírus. O primeiro deles já causou muitos problemas para a humanidade, mas, desde a invenção da penicilina e de uma cadeia de antibióticos entre as duas grandes guerras mundiais do século XX ficou mais fácil de ser combatido. Isso não exclui a possibilidade do surgimento de uma superbactéria que venha a causar estragos imensuráveis.

Entretanto, os vírus ainda guardam mistérios que dificultam o seu tratamento sendo que eles são considerados um candidato mais forte para uma epidemia na atualidade. Para além de compreender o agente patológico, também é importante entender as várias formas de transmissão e contágio, como por exemplo:

  • A necessidade de um vetor para transmissão, como é o caso da peste negra da idade média ou a dengue e todos os demais vírus transmitidos pelo Aedes Aegypti.
  • A transmissão sexual, como é o caso do HIV e do HPV muito presente atualmente.
  • O contato com sangues e fluidos contaminados que ocorre com o Ebola e a Cólera.
  • A transmissão aérea presente nos vírus da gripe, e nos vírus do grupo coronavírus.

Identificado um surto, existem métodos de prevenção para todas essas formas de transmissão, como a eliminação do vetor, a adoção de métodos contraceptivos, medidas sanitárias para o trato do paciente infectado e distanciamento social para evitar a troca de aerossóis.

Dentre essas, a última parece ser a mais difícil de ser implementada em larga escala, principalmente nas sociedades atuais em que milhões de pessoas estão reunidas em metrópoles espalhadas pelo globo, compartilham o mesmo tipo de transporte para ir ao trabalho em um mesmo horário, respiram o mesmo ar e transitam entre países em uma velocidade nunca vista antes. Assim, a forma mais esperada de que uma pandemia dissipe seja por transmissão aérea e os vírus que têm essa característica seriam os mais ameaçadores.

Outra característica esperada seria a transmissão na fase de incubação do vírus, o que contribui para que o infectado continue as suas atividades normalmente enquanto repassa o vírus para outras pessoas[2].

Por fim, uma pandemia tem mais chances de ocorrer quando a letalidade do vírus não é tão alta, o que permite uma circulação do paciente com sintomas leves e não leva a um isolamento inicial de todos aqueles infectados[3]. De posse deste breve nivelamento das informações sobre as classificações das difusões das doenças em nível geográfico e as diferentes formas de transmissão, é interessante conhecer como isto já ocorreu na humanidade.

BREVE HISTÓRICO DAS PANDEMIAS NO MUNDO

Pode-se dizer que no início da humanidade, quando os grupos não eram nem numerosos e nem mesmo transitavam uns entre os outros, as doenças não passavam de surtos com impactos locais. Entretanto, com o aumento da aglomeração de pessoas em cidades e a circulação no mundo, as epidemias foram se tornando mais recorrentes. Em Atenas, por exemplo, entre os anos de 430 e 428 AC, houvera uma grande epidemia, descrita pelo historiador grego Tucídides. A cidade grega se encontrava em guerra e a aglomeração das pessoas no interior da cidade fez com que uma praga disseminasse rapidamente entre os habitantes e levasse a morte de 25% a 35% dos atenienses. Por muitos anos se discutiu o que teria causado tal enfermidade e apenas no início do século XXI foi encontrado um túmulo com corpos da época e material genético da salmonela[4], bactéria causadora da febre tifoide.

Já na Idade Média um grande medo se espalhou por toda a Europa depois de já ter causado devastações em localidades chinesas, a peste negra. Ela fez em torno de 100 milhões de mortos entre 1346 e 1353, correspondentes a 40% de toda a população da Europa da época. A disseminação foi rápida ocorreu em um ambiente totalmente insalubre com a forte presença dos vetores de propagação do ciclo da enfermidade. A doença é provocada por uma bactéria, Yersinia pestis, que vai de ratos para humanos pela picada de pulgas. Ela era conhecida desde a antiguidade pelo fato de seus infectados apresentarem grandes furúnculos específicos, que, quando estourados, geravam uma cor escura na pele e levava a morte do paciente em poucos dias.

O impacto na Europa foi tão grande que o continente só recuperou a população perdida nos anos de epidemia 200 anos depois. Os impactos na sociedade foram muito fortes e a doença entrou no folclore como um símbolo da morte e do medo por longos anos. A peste negra ainda gerou transformações sociais com a redução da mão de obra no campo e a diminuição da população das cidades. O primeiro fenômeno fez com que novos métodos agrícolas fossem desenvolvidos para a melhoria da produtividade do trabalho e o segundo foi responsável por uma queda do preço dos aluguéis das cidades que contribuiu para a consolidação de uma aristocracia urbana[5].

A peste Negra, vinda da China causou grandes estragos na Europa Medieval e continuou produzindo outros episódios na Idade Moderna como a grande peste de Londres[6] e o surto ocorrido na França. Esse último fez surgir os médico da peste, figura folclórica quando se trata do assunto[7]. No entanto, os europeus também foram disseminadores de doenças avassaladoras quando se aventuraram aos mares nas grandes navegações. Já na chegada de Cristóvão Colombo, uma grande epidemia de influenza foi esparramada pela Ilha Espanhola vinda, provavelmente, com os animais trazidos pelos espanhóis.

O primeiro contato com o nativo ocasionou um contágio que fez a população insular reduzir de 1,1 milhões de habitantes em 1492 para apenas 10 mil em 1517[8]. Ainda no contexto dos descobrimentos, o cocoliztli, nome asteca dado a uma enfermidade que atacava apenas indígenas no México teve duas grandes epidemias que dizimaram 80% da população local em 1545 e 45% em 1576. No início do século XVI haviam entre 15 e 30 milhões de indígenas na região e restando apenas 2 milhões no final do mesmo século. A causa da doença mantém certo mistério até hoje, mas, pesquisadores encontraram um tipo de salmonela responsável pela febre tifoide em corpos enterrados em um cemitério da época que indica o motivo da moléstia. Até hoje, não há evidencias de que a salmonela existisse nas América, mas, a mesma causava problemas na Europa desde a antiguidade o que contribui fortemente para a ideia de que ela tenha sido trazida pelos  conquistadores[9].

Há muitos indícios, no entanto, que a doença que fez mais vítimas nas Américas a partir do contato dos indígenas com os europeus foi a varíola[10]. Essa enfermidade existe desde a antiguidade, causada por um vírus de transmissão aérea e com uma taxa de letalidade que chegava a 30% dos infectados. Além do desastre causado nas Américas, essa doença também causou epidemias em várias localidades como no Japão feudal, na Inglaterra do século XVIII e em Belém do Pará nos séculos XVIII e XIX. A primeira vacina[11] desenvolvida na história foi criada para essa doença e a aplicação em massa no século XX levou a sua erradicação na década de 1980. O processo desenvolvido na época, com a aplicação de um vírus em latência, foi repetido na criação de uma série de vacinas contra doenças que já causaram grandes surtos a tempos atrás como o sarampo, a rubéola, a catapora, a coqueluche, a poliomielite, dentre outras. No Brasil, todas essas são fornecidas no Sistema Único de Saúde Brasileiro (SUS) e o país ainda conta com pesquisas de ponta na área realizadas pela Fundação Oswaldo Crus (Fiocruz).

Além das epidemias brevemente apresentadas, cabe destaque para dois grupos de vírus que despertam maior preocupação para a humanidade dado suas características e surtos atuais, a gripe e os coronavírus. Os primeiros já são cobertos por vacinas, mas, apresentam uma forte capacidade de mutação e novas cepas surgem todos os anos. Um desses vírus que se renovam com certa frequência é o H1N1 que já havia causado um grande estrago na colonização americana, voltou a ser uma preocupação na Primeira Guerra Mundial com a Gripe Espanhola e reapareceu no cenário mundial com a gripe suína de 2009[12]. O segundo grupo, dos coronavírus, são conhecidos desde a década de 1960, mas, eram considerados de menor virulência até o início desse século quando ocasionaram as epidemias de SARS, MERS e, mais recentemente, o Covid-19. Portanto será dado maior destaque as epidemias ocasionadas por esses organismos.

GRIPE ESPANHOLA

A gripe espanhola não surgiu na Espanha como sugere o nome, mas sim nos Estados Unidos e foi levada para a Europa por soldados americanos na Primeira Guerra Mundial. Provavelmente ela foi cunhada com esse nome pelo fato de os jornais espanhóis terem registrado os primeiros casos na primeira onda da doença no início de 1918, enquanto os demais países europeus escondiam os dados para não assustar a população ainda mais no contexto de guerra. Esse primeiro período foi controlado com certa agilidade, mas, uma segunda onda se deu no final de agosto e início de setembro do mesmo ano se espalhando por todo o mundo. A doença encontrou boas condições para a transmissão nas trincheiras de guerra e da superlotação dos hospitais para onde iam os pacientes mais graves. Estima-se que um quarto de toda a população mundial tenha sido infectada com o vírus. Este, por sua vez, apresentava uma letalidade maior que seus similares levando a algo entre 20 e 50 milhões de mortes. Isso significou mais mortes que toda a Primeira Guerra Mundial.

No Brasil, tudo indica que a gripe tenha chegado pelo navio Demerara, representando os correios ingleses, em setembro de 1918 vindo de Liverpool, já na segunda onda da pandemia. A embarcação passou por Lisboa, Recife, Salvador e Rio de Janeiro e, em poucos dias, vários casos foram notificados na capital Baiana. A doença se alastrou rapidamente pelo Rio de Janeiro levando a mais de 17 mil pessoas a óbito na cidade e 35 mil em todo o Brasil dentre os quais estavam o presidente brasileiro eleito Rodrigues Alves. A pandemia esteve presente no país entre setembro de 1918 e janeiro de 1919 e nesse momento houve falta de leitos, escassez de caixões e mesmo coveiros para enterrar os corpos[13]. Foi aconselhado que todos evitassem grandes aglomerações, que os trabalhadores pudessem ser liberados e houve fechamento de escolas, sendo que muitas foram utilizadas como hospitais de campanha[14].

Em 2018, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC)[15], produziu um estudo para avaliar a postura de duas cidades quanto a adoção de medidas de contenção da gripe espanhola no país.

Em setembro de 1918, as autoridades americanas já haviam alertado para que a população evitasse grandes aglomerações tão comuns na época por paradas militares de despedida aos soldados americanos que embarcavam para o conflito europeu. A cidade da Filadélfia ignorou essas advertências e realizou uma parada com 200 mil pessoas nas ruas, além de também ignorar as recomendações para restringir o comércio local e a atividade das escolas.

Os casos de gripe explodiram na cidade em poucos dias depois da parada levando a uma falência do sistema municipal de saúde e um número expressivo de mortes. Já a cidade de Saint Louis cancelou seu desfile e fechou escolas, hotéis, cinemas, restaurantes, bares, teatros e igrejas que possibilitaram o achatamento de sua curva[16], como pode ser visto na figura 1:

Figura 1: Curvas de disseminação da pandemia de gripe espanhola

Fonte: Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), 2018.

Outro estudo realizado por pesquisadores do Federal Reserve e do MIT observando o comportamento de 43 cidades depois da gripe espanhola, concluíram que a adoção de medidas de contenção da disseminação da epidemia fez com que a atividade econômica se recuperasse mais rápido[17]. Segundo o estudo, as cidades que adotaram medidas de prevenção antes da chegada da gripe estavam mais preparadas para um período futuro, apresentando melhores indicadores econômicos e industriais[18].

H1N1 – A GRIPE SUÍNA DE 2009

Mais recentemente, o vírus da H1N1 voltou a assustar o mundo com a declaração de uma pandemia em 2009 pela OMS. O surto teve início a partir de uma infecção em porcos no México que passou para seres humanos inicialmente diagnosticados no próprio México e nos Estados Unidos. A doença, apesar de assustar, teve números bem mais modestos que a gripe espanhola e o atual Covid-19. Uma pessoa infectada por H1N1 repassa, em média, para outros 1,75[19] enquanto o paciente de Covid-19 repassa para 3,0[20].

A taxa de letalidade da H1N1 era de 0,02%[21] enquanto para a atual epidemia, esse valor gira em torno de 0,4% e 3,4%[22]. Além do mais, pelo motivo da H1N1 ser uma gripe, a vacina pode ser desenvolvida com um tempo relativamente rápido. Assim sendo, já em dezembro de 2009[23] havia vacina para a enfermidade. Além disso, a pressão exercida nos sistemas de saúde dos países não foi tão forte, o que minimizou as intervenções públicas da época, bem como os impactos econômicos[24].

CORONAVÍRUS

O grupo dos coronavírus é conhecido desde a década de 1960 e em sua maioria causam infecções leves nos humanos. Entretanto, nos últimos anos, dois casos epidêmicos, a SARS e a MERS, foram provocadas por coronavírus. A primeira delas surgiu na China no final de 2002 com 8.000 pessoas contaminadas no mundo causando mais de 800 mortes e não apresentou mais ocorrências desde 2004. Já a MERS foi identificada primeiramente na Arábia Saudita e tem o comportamento bem mais agressivo que a anterior. A doença se caracteriza por uma pneumonia muito aguda e, em boa parte dos casos, leva a complicações renais. A taxa de letalidade deste vírus chegou até a 40% em determinadas regiões. As duas  enfermidades anteriores  foram muito localizadas e não espalharam  para o  mundo como  o atual  Covid-19, que em quatro

meses depois de notificado o primeiro caso, já chegou a 1.013.157 casos com 52.863 óbitos em 180 países[25]. Já existem exemplos vindos da Europa que o impacto social e econômico está sendo muito forte onde a transmissão da doença assume uma velocidade de contágio alta. Países como a Itália e a Espanha estão com seus sistemas de saúde colapsados pelo rápido aumento da demanda de leitos e a impossibilidade de cobertura dos enfermos. Essa enfermidade carrega as características que fortalece a possibilidade de uma pandemia[26], pois, é causada por um vírus, é transmitida por via aérea, no período de incubação do vírus e não tem uma taxa de letalidade tão alta, mas, com potencial de causar um grande número de mortes.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O mundo já passou por grandes pandemias que levaram a mudança do comportamento social e das relações econômicas ao longo da história. Inquietações no passado para a prevenção dessas mazelas incentivaram a sociedade a gerar melhorias sanitárias nas cidades, criar vacinas, dentre outras ações que levaram a um melhor bem-estar da população. Como colocado pelo escritor Yuval Harari, se referindo à crise do Novo Coronavírus diz que “sim, a tempestade irá passar, a humanidade sobreviverá, a maioria de nós estará vivo – mas, habitaremos um mundo diferente”[27].

O modo como a sociedade irá se reorganizar ainda é incerto, mas, como o próprio Harari apresentou, já é possível traçar algumas pistas. O escritor aponta duas questões que estão na mesa para os próximos anos. A primeira coloca uma opção entre um totalitarismo vigilante contra uma sociedade de maior empoderamento do cidadão, por meio das tecnologias desenvolvidas para o monitoramento das condições de saúde das pessoas, exemplos desses tipos de aplicativos foram adotados na Coréia do Sul, Cingapura e Israel. Mas ainda não sabemos como essas informações serão utilizadas no pós-covid-19. Será que serão utilizadas para garantir um controle social por tempo indeterminado? Ou a população poderá ter acesso aos dados gerados em seus aplicativos e, assim, ter maior autonomia para criar programas e pleitear uma política pública mais inclusiva?

Já o segundo questionamento coloca o fato de o novo mundo ser marcado por um isolamento nacionalista ou uma solidariedade global. Harari chama a atenção que o ser humano consegue se comunicar, pode trocar informações e aprende com as ocorrências de outras localidades. Por exemplo, um suposto tratamento desenvolvido no Irã poderia ser compartilhado com as demais nações. Mas, essas ações demandariam certo compartilhamento de informações e união entre os governos do mundo, no entanto, também pode ocorrer o contrário, e os mesmos podem se fechar e transformar seus conhecimentos em segredos de estado.

Ainda não é possível dizer quando essa pandemia irá se estabilizar e começar a arrefecer. Entretanto, uma nova organização social está gestando. O trabalho remoto passou a ser uma realidade, aulas online estão sendo adotadas por muitas instituições pelo mundo, além de que grandes programas de renda básica vêm sendo criado em vários países. O economista, Paes de Barros em entrevista ao Valor Econômico (20/03/2020)[28], afirmou: “Estávamos trabalhando errado”. E apoiou, ainda, a ideia de uma nova sociedade que reduza grandes aglomerações, em que as pessoas não trabalhem em um mesmo horário, e uma diminuição da concentração das atividades em grandes cidades para cidades médias e até mesmo cidades de menores portes, por meio do apoio das tecnologias.

[1] https://www.telessaude.unifesp.br/index.php/dno/redes-sociais/159-qual-e-a-diferenca-entre-surto-epidemia-pandemia-e-endemia
[2] O Sarampo e a Catapora são outras duas viroses que tem essa mesma característica.
[3] Esse trecho foi escrito com base no vídeo Pandemias do biólogo Atila lamarino do canal Nerdologia no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=r9r_VwoZvho&t=348s
[4] Sobre a epidemia de Atenas:  http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL1101132-16107,00-NA+HISTORIA+DAS+EPIDEMIAS+ATE+SALMONELA+JA+FOI+GRANDE+VILA.html
[5] O trecho teve como base o vídeo do historiador Filipe Figueiredo do canal Nerdologia (https://www.youtube.com/watch?v=Q87c4UBXTpY&t=438s) e o livro A história da humanidade contada pelos vírus, bactérias, parasitas e outros microrganismos… do escritor Stefan Ujvari.
[6] Para conhecer histórias de proteção das cidades desta época, ver uma breve história de uma cidade inglesa que se protegeu da praga de Londres: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151120_vert_tra_peste_negra_lab
[7] Os médicos da peste surgiram na França e tinham uma vestimenta que acreditavam protege-los do contágio: https://historiablog.org/2015/10/20/medicos-da-peste-a-sombria-aparencia-de-quem-tratava-de-doencas-contagiosas-e-epidemicas-na-idade-media/
[8] Uma descrição da chegada de Colombo e da epidemia de influenza, pode ser acessada no link: https://www.jstor.org/stable/1171451?seq=1
[9] https://brasil.elpais.com/brasil/2018/01/15/ciencia/1515997924_751783.html
[10] https://www.bbc.com/portuguese/geral-51961141
[11] A primeira vacina da história foi criada pelo inglês Edward Jenner que retirou uma cepa de um vírus de varíola bovina, bem mais benigna que a versão humana, e aplicou em um menino em 1776. https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/o-fantasma-da-variola-artigo/
[12] O vírus da gripe aviária H1N5, é monitorado pela OMS com grandes preocupações dado que ele causa surtos anuais em aves em cativeiro espalhadas pelo mundo. Em 2020, já foram notificados surtos dessa doença em fazendas da Alemanha, Filipinas e China. A transmissão para seres humanos não é muito comum, mas, a preocupação reside exatamente aí já que uma mutação pode facilitar essa relação. https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2020/03/16/filipinas-registram-casos-de-gripe-aviaria-h5n6-em-codornas.ghtml
[13] https://brasilescola.uol.com.br/historiag/i-guerra-mundial-gripe-espanhola-inimigos-visiveis-invisiveis.htm
[14] http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-32622003000100008
[15] https://qz.com/1816060/a-chart-of-the-1918-spanish-flu-shows-why-social-distancing-works/
[16] O surgimento de uma nova doença é marcado por uma explosão de novos casos que crescem em uma curva exponencial, que dependendo da velocidade e da disseminação, pode levar a uma exaustão dos recursos de saúde. Políticas de contenção da enfermidade fazem com que a enfermidade dissipe em uma velocidade menor e mesmo que contamine uma mesma quantidade de pessoa, isso pode ocorrer em um período maior de tempo. Este comportamento é conhecido como achatamento da curva epidêmica e é um dos objetivos de uma estratégia de contenção de epidemias. Sobre a curva epidêmica e sua dinâmica, pode-se acessar o texto: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/03/20/a-importancia-da-curva-epidemica-para-conter-o-avanco-do-coronavirus.htm.
[17] https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52075870
[18] Não cabe ao presente artigo detalhar em maior profundidade o estudo, no entanto, por entender que esta é a grande aflição dos tomadores de decisões frente a pandemia atual, em um próximo artigo pretende-se explorar a referência citada, no momento será mantida a descrição dos fatos ocorridos à época de cada pandemia.
[19] De acordo com o artigo: “Seasonal transmission potential and activity peaks of the new influenza A(H1N1): a Monte Carlo likelihood analysis based on human mobility”
[20] De acordo com os artigos publicados para a cidade de Wuhan (China) na Healthline (Here’s How COVID-19: Compares to Past Outbreaks) e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SIB) estimaram para 3 a capacidade de contágio.
[21] De acordo com o artigo publicado na Healthline: Here’s How COVID-19 Compares to Past Outbreaks.
[22] A taxa de letalidade para a Covid-19 apresenta valores distintos para várias regiões, contudo, mesmo nos cenários mais otimistas, a doença é mais letal que a última epidemia de H1N1. https://www.healthline.com/health-news/how-deadly-is-the-coronavirus-compared-to-past-outbreaks
[23] https://www.healthline.com/health-news/how-deadly-is-the-coronavirus-compared-to-past-outbreaks#2009-(H1N1)-flu-pandemic
[24] https://epocanegocios.globo.com/Economia/noticia/2020/03/por-que-o-h1n1-nao-parou-economias-como-pandemia-de-coronavirus.html
[25] Os dados foram extraídos da plataforma da Johns Hopkins de acompanhamento dos casos da Covid-19: https://coronavirus.jhu.edu/map.html
[26] Em 19 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de pandemia para o COVID-19.
[27] Tradução livre de trecho do texto Yuval Noah Harari: the world after Coroanavirus publicado no Financial Times no dia 21 de março de 2020 (https://www.ft.com/content/19d90308-6858-11ea-a3c9-1fe6fedcca75).
[28] https://valor.globo.com/brasil/noticia/2020/03/20/estavamos-trabalhando-errado-diz-paes-de-barros.ghtml

Lucas Araújo é Economista, doutor pela UFF e analista do Ideies

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3 Comments on "Das epidemias na Grécia antiga ao Covid-19: o que a história pode nos ensinar?"

  1. Excelente arquivo!

  2. Excelente artigo!

  3. Amei, excelente artigo!!!Vou utilizá-lo para reflexões em aula.

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